terça-feira, 25 de janeiro de 2011

UMA EXPERIÊNCIA EM 3D!



A tecnologia em 3D tem sido a grande sensação em salas de cinema de todo mundo. Ela torna uma cena muito mais real e nítida. Quem já assistiu a um filme em 3D sabe que só pode ser visto com os óculos certos. Sem estes, a imagem se torna embaraçada e sem graça. Não há nitidez, nem cenas reais. Caso falte informação, pode-se concluir que sem elas, tempo e dinheiro foram perdidos.

Como uma tecnologia 3D, Deus se manifestou e se deu a conhecer em dimensões/maneiras diferentes. O ser humano que não o vê com os óculos certos se resume a medo, vergonha, e tem seu tempo e vida dados como perdidos.

Os óculos certos para ver a manifestação de Deus, sua vontade, seu maravilhoso projeto, foram quebrados há muito tempo, com o pecado. Por este motivo, vê-se um Deus moralista, que aponta para a necessidade de que se faça algo para lhe agradar, ou tentar reconstruir de maneira arcaica os óculos. Mas isso é impossível! Somente o “fabricante” o pode fazer.
 

O Apóstolo João em sua 1ª Epístola, verso 1 usa um testemunho em três dos maiores sentidos, ele viu, ouviu, tocou/ comprovou. Ele não está compartilhando com as novas gerações algo novo, mas apresentando em 3D o verbo que se fez carne! Ver Deus em 3D só se tornou possível, porque Deus restaurou os óculos certos. Porque Ele veio no Verbo que se fez carne, e que expressa o desejo do Criador: “Ele quer todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade” (1ª Timóteo 2.4); Concedendo óculos certos, a fim de não se perder nenhuma cena!

Por isso Jesus firmou: “felizes são os que não viram, mas creram (João 20.29). Quando Deus restaura os olhos da fé, a perspectiva é outra. Negar a necessidade de óculos é negar existência e o perigo do pecado - pode ser uma armadilha e tanto - é negar o fato, a importância e o motivo da manifestação de Deus. Por isso, a atitude para com o pecado não é negá-lo, mas evitá-lo, admiti-lo e receber o perdão que Deus tornou possível pela  sua manifestação.

Ter os óculos certos é estar unido com Jesus, ter clara a promessa de provisão e socorro, daquele que nos defende. “como dizem as Escrituras Sagradas: “O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1ª Coríntios 2.9).

Estes olhos apresentam Deus numa nova dimensão. O revelam numa experiência em 3D, mas apontam para algo muito maior, inimaginável: o que há de vir na eternidade, uma realidade muito além do 3D, quem sabe em 6D: Eu escrevo estas coisas a vocês que crêem no Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna” (1ª João 5.13) e que “a alegria seja completa” (1ª João 1.4b).

Autor: Márlon Hüther Antunes, é Teólogo e Pastor da Igreja Luterana de Maceió

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O PREÇO DE NÃO ESCUTAR A NATUREZA

Leonardo Boff

O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam freqüentemente deslizamentos fatais.
Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que distribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.
A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrario, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.
Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que ai viveram artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.
Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d'água.
Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.
No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais freqüentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e morar.
Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.
Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.

Leonardo Boff, teólogo e escritor, escreveu este artigo para diversos veículos de comunicação

domingo, 9 de janeiro de 2011

CONSTRUÇÃO DO CENTRO DE FORMAÇÃO DA OFS

 Foi concluída mais uma etapa da construção da "Casa da OFS" no Maiobão. Foram levantadas às paredes, ficando quase no ponto de colocar o telhado e também o muro dos dois lados e fundo. Esclarecemos que a verba aplicada é fruto de um projeto junto a entidade na Alemanha. Nenhum dinheiro de doação nem do dizimo foi colocado na construção. Esperamos fazer outros projetos para darmos andamento a obra que é um sonho antigo do nosso Regional. A verba recebida foi R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais).

Veja algumas fotos: ...
Estado inicial do terreno
Início da construção
Obra em pleno desenvolvimento
Obra a todo vapor